quinta-feira, 11 de julho de 2013



MATÉRIAS POLÊMICAS - IDEAIS QUE DEFENDO COMO PROFISSIONAL NA ÁREA DE COMUNICAÇÃO (COMUNICÓLOGA)







Revista Galileu?
Merece destaque:

A fantástica fábrica de doenças

Estudo de revista médica mostra as táticas da indústria farmacêutica paravender cada vez mais medicamentos

Fernanda Colavitti
Imagem: Stock Photos; divulgação

Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra
na edição da revista Galileu de junho/2006.


É a lei do capitalismo: para toda demanda, há um fornecedor. Até aí, tudo bem. O problema é quando essa demanda é criada por meio de golpes baixos. E é exatamente disso que um alentado estudo da publicação científica britânica "PLoS Medicine" acusa a indústria farmacêutica mundial. "Fabricação" de doenças, estatísticas fantasiosas e o uso dos médicos "certos" seriam algumas das táticas usadas pela indústria. Conheça os dois lados da questão.
Disfunção erétil
O documento mostra como a Pfizer transformou a imagem do Viagra. De um efetivo medicamento para disfunção erétil ocasionada por doenças como diabetes e danos na medula espinhal, a droga passou a ser promovida para homens saudáveis para aumentar a capacidade de manter as ereções por um longo período. Essa expansão se deu por meio de campanhas publicitárias que passam a mensagem de que nem as "falhas" ocasionais devem ser toleradas, além do uso seletivo de estatísticas.
Outro lado
"A Pfizer discorda do documento como um todo, pois no contexto geral seu conteúdo não está balanceado. Exemplo disso são as afirmações incorretas apresentadas pelo autor sobre a manipulação dos dados epidemiológicos sobre disfunção erétil favorecendo o medicamento Viagra. Artigos das décadas de 1980 e 1990 já apontavam problemas psicológicos e clínicos como causa de impotência sexual bem como sua alta prevalência na população. Um grande estudo, conduzido entre 1987 e 1989 e publicado em 1994, o MMAS, documenta de maneira inequívoca a alta incidência da patologia nos EUA. O artigo diz que a Pfizer utilizou os dados mais favoráveis para divulgar Viagra, o que não é verdade, pois sua bibliografia ultrapassa 1.500 artigos."

Transtorno de Déficit de Atenção/hiperatividade
Durante os últimos 20 anos a doença vem ganhando atenção devido ao seu impacto no desenvolvimento escolar das crianças. A prescrição de psicoestimulantes, sobretudo a Ritalina, aumentou em diversos países nos anos 1990, apesar de haver um grande debate entre especialistas sobre o status de doença do problema e de seu medicamento. Como se trata de um mal que afeta a performance educacional, os professores têm um papel fundamental na divulgação da doença e de seu tratamento médico. Por esse motivo, segundo o documento, a Novartis, que comercializa esse tipo de medicamento, desenvolveu um site educacional sobre a doença, voltado para os professores, em que sugere como estes devem alertar os pais das crianças para o problema.
Outro lado 
"A Novartis Brasil afirma que segue rigorosamente as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que proíbe qualquer tipo de propaganda e/ou ações promocionais envolvendo medicamentos destinadas ao consumidor final. No caso da Novartis, o paciente."

Síndrome das pernas inquietas
Mover a perna incessantemente pode ser uma doença que necessita de medicamento. Pelo menos é o que o laboratório Glaxosmith diz. Ele promoveu, em 2003, uma campanha para conscientização sobre a "síndrome das pernas inquietas". A campanha começou com um comunicado à imprensa descrevendo os resultados iniciais de uma pesquisa com o medicamento ropinirole (aprovado para casos de Parkinson) para tratar a síndrome. Dois meses antes, o laboratório lançara outro documento segundo o qual "novas pesquisas revelam uma doença comum, mas pouco reconhecida, a síndrome das pernas inquietas, que está deixando os americanos acordados". Em 2005, o FDA aprovou o medicamento para esse uso.
Outro lado
"A GSK refuta enfaticamente qualquer sugestão de exagerar as necessidades reais dos pacientes. Há dados médicos que indicam que a síndrome das pernas inquietas é uma doença que afeta entre 5% e 10% dos adultos. Cerca de 30% destas pessoas têm sintomas duas ou três vezes por semana que afetam sua qualidade de vida. A GSK acredita que para elas um tratamento efetivo tem grandes chances de representar um importante benefício."

Drogas à espera de doenças
As indústrias farmacêuticas têm investido pesado no desenvolvimento de tratamentos para o Alzheimer e para expandir o mercado para outras formas de demência. Na última década, remédios como denepezil, galantamina e rivastigmina foram testados não somente em pacientes com Alzheimer, mas também em portadores de outros tipos de demência. Mesmo quando faltam evidências da eficácia dessas drogas, ou quando elas são inconclusivas, os resultados são apresentados de modo a criar uma falsa percepção de sua eficácia. O donepezil foi licenciado nos EUA em dezembro de 1996, antes mesmo dos resultados sobre sua eficácia saírem. A droga foi lançada com a afirmação de que havia produzido "grandes melhoras clínicas e cognitivas em testes aleatórios nas últimas 30 semanas e aumentou a porcentagem de sucesso no tratamento de pacientes com Alzheimer moderado".
Outro lado
"A Wyeth Farma esclarece que o produto foi pesquisado e descoberto pela farmacêutica Eisai e foi lançado em vários países pela norte-americana Pfizer. Na América Latina, o produto, sob o nome comercial Eranz®, é comercializado pela Wyeth Farma. Gostaríamos de ressaltar que, na América Latina, mercado em que a Wyeth comercializa donepezil sob a marca Eranz, a única indicação aprovada é para o tratamento de Alzheimer. Outro fator relevante em relação ao donepezil é que, em outubro de 2004, um dos órgãos mais respeitados dos EUA, o National Institute on Aging (NIA), publicou um estudo com 770 pacientes, acompanhados durante três anos. Pela primeira vez na história da medicina um medicamento utilizado para o tratamento de Alzheimer demonstrou ser capaz de reduzir o risco do avanço da doença, em pacientes com comprometimento cognitivo moderado."


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A fantástica fábrica de doenças


Estudo de revista médica mostra as táticas da indústria farmacêutica paravender cada vez mais medicamentos

Fernanda Colavitti
Imagem: Stock Photos; divulgação
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/opiniao/ditadura-da-medicina-convencional
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Este texto cita a lei que regulamenta em hospitais a opção de curar-se as duas por meio de energias alternativas! e Terapias alternativas (naturais)

(Quer dizer: a pessoa pode escolher a forma que quer tratar sua doença,...Ver mais




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