quarta-feira, 26 de junho de 2013

CAMPANHA: AGROTÓXICOS

Mais uma historia sobre a influencia dos agrotóxicos nos animais (Imagina no ser humano?)

Galinhas...só no nome

Às vezes fico preocupado com o que vai acontecer, no futuro, com a raça humana. Não sei se ela vai desaparecer ou se vai se adaptar aos rumos dados pela tecnologia, que vem alterando tudo, desde o ar, o clima, a água e a terra. E, no reino animal, clones e até novos tipos de raças.
Um dia destes, eu estava no sítio e lá chegou um cidadão querendo me vender galinhas da raça Rhode Island. São galinhas nascidas e criadas em chocadeira, presas em gaiolas, comendo produtos com ingredientes químicos. Essas galinhas são produtos artificiais! Botam dois ovos por dia e não conhecem a noite, pois as luzes das gaiolas onde vivem ficam permanentemente acesas.
Eu não queria comprar aquelas galinhas, porém o cidadão me implorou, pois não dispunha de dinheiro para comprar ração e, a cada dia, que passava, aumentava o prejuízo. Segundo ele, somente ganham dinheiro com essas aves grandes cooperativas. Diante da insistência, acabei ficando com as galinhas. Na viagem – segundo o vendedor- morreram oito delas. Disse-lhe, então, que eu queria as galinhas para enterrá-las. Paguei-lhe e fui procurar as galinhas mortas. Ele as havia levado, soube, depois, que ele as vendera para uma avícola...
Eu tinha certeza que, comprando essas galinhas, eu estava comprando problemas...
Como tenho dois grandes galinheiro, com áreas de grama, terra e pequenos arbustos, soltei as 120 galinhas Rhode separadas das galinhas caipiras que crio (naturalmente). Dei milho a elas e...nada aconteceu. Nem tomaram conhecimento, Mandei comprar ração e elas devoraram mais de meio saco! Estavam famintas!
Comecei, então, a observar o comportamento daquelas galinhas. Elas não sabiam ciscar; não comiam grama e viviam todas juntas. Como o grupo das Rhode não veio nenhum galo, resolvi juntar a elas dois grandes galos caipira. A finalidade era dupla- que os galos as ensinassem a comer milho e tudo mais que comem as galinhas “normais” e, ainda, que fossem galadas.
Quando soltei os dois galos caipiras eles, de imediato, tentaram Galá-las. Foram atacados com grande fúria pelas galinhas e bateram em retirada.
Uma pombinha que apareceu no sitio há mais de três anos, e que vivia em plena harmonia com as galinhas caipiras, sem nenhum problema, pensou que pudesse também conviver com as galinhas
Rhode. Quando joguei milho e a pombinha pousou no galinheiro, como fazia com as outras, quase foi estraçalhada. Caíram sobre ela em bando e, se eu não estou no local, a teriam comido. Dei minhocas, banana e verdura e as galinhas Rhode Island nem tomaram conhecimento.
Agora, passadas mais de duas semanas, elas já começaram a comer milho; porém continuam ferozes e não permitem a aproximação dos galos.
Comparando as galinhas caipiras com as Rhode, penso que estas últimas não podem ser chamadas de galinhas. Podem ser qualquer outra coisa; menos galinhas! As alterações produzidas pela ração química com que elas se alimentam, criaram um novo tipo de ave que, inclusive, não conhece seu oposto, que é o galo, e, portanto, não permitem que sejam galadas. Que ave será essa? Que alteração a sua carne produzirá no corpo humano, quando ingerida pelo homem?
Ainda tenho algumas galinhas dessas no sitio. Ao contrário das caipiras, que são bonitas, tem penas multicoloridas, até reluzentes, nos dias de sol, e são muito assanhadas com relação aos galos, as Rhodes têm as penas esmaecidas, estão ficando carecas e continuam não gostando de galos....

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